Educar para a cooperação


Por Cristiane Zorrer *

O Brasil assiste, comovido, às cenas que diariamente ocupam as mídias após a tragédia ocorrida no estado do Rio Grande do Sul. Imagens que nos chocam, emocionam e assustam, mas ao mesmo tempo nos devolvem a fé ao observarmos a compaixão que tomou conta de cada brasileiro que se dispõe a ajudar, seja como for.

Acompanhar esse movimento nos sensibiliza e nos leva a refletir: o que é ser humanidade? O filósofo e sociólogo Edgar Morin, no livro “Os 7 saberes necessários à educação do futuro”, trata da complexidade humana. Para ele, ser complexo é ser tecido junto, é fazer parte de um mesmo organismo chamado vida.

Ao aceitarmos que somos seres conectados, tomamos consciência de que a fraternidade não é apenas uma virtude, é também uma convocação à ação. Segundo o sociólogo, sermos humanos evoca a importância de nos educarmos para esta complexidade e a enxergar um mundo que vai muito além de nós mesmos.

Em tempos que nos desafiam, torna-se fundamental uma educação voltada para a colaboração, demandando que o senso coletivo – a nossa humanidade – seja resgatado.

Diante desta conexão, entendendo o mundo como uma grande rede, estimular a alteridade é o primeiro passo, pois é a partir da visão do outro que poderemos trabalhar para o bem comum, unindo forças em favor de causas que nos aproximam, no lugar de segregar.

Uma pesquisa publicada no periódico Nature aponta que atitudes de benevolência podem, inclusive, nos tornar mais felizes. Nesta análise, cientistas perceberam, por meio de imagens de ressonância magnética, que praticar atos de generosidade ativa uma área ligada ao altruísmo no cérebro e gera satisfação vinculada ao conceito de felicidade.

Ou seja, fomos “programados” para essa vida complexa, necessitamos do outro e sentimos satisfação nisso. Exatamente por este motivo, a escola necessita ser um espaço plural de ideias e de colaboração, estimulando nos alunos a prática da empatia, da solidariedade, da escuta ativa e da cultura de paz, unindo forças para alcançar objetivos cada vez mais "nossos".

Como o estudo mencionado sugere, a generosidade não está apenas naquilo que sentimos, mas se efetiva na ação, quando nos colocamos em favor do próximo. Ser altruísta é abraçar a minha complexidade e perceber que o outro sou eu.

Não precisamos esperar que grandes tragédias nos alcancem para que essa força de espírito venha à tona. Podemos, por meio de ações cotidianas, fomentar a generosidade que mora em nós. Em cada pequena gentileza, do professor que acolhe, do aluno que escuta, da mão que se estende em direção ao outro para auxiliar e apoiar. Podemos gerar uma corrente de ações positivas, capazes de se contraporem à negatividade que às vezes parece tentar nos engolir.

“A natureza não dá saltos”, ouvi certa vez da professora de filosofia Lúcia Helena Galvão. As nossas ações podem ir se expandindo de acordo com a nossa capacidade, maturidade, autonomia e consciência. Se o que posso fazer hoje é pouco, não é motivo para não fazer nada. Cada gota colocada em favor de uma causa gera um oceano de amor.

Convido, então, você a pensar na sua escola, no espaço de convivência que você e os seus alunos estão inseridos. Este espaço tem sido um local onde a complexidade humana é percebida, resgatando o senso comum, ou o contrário? Pense comigo: o que eu posso fazer para gerar cooperação, fraternidade, tolerância, paz, amor, generosidade, alteridade, entre tantos outros valores, no ambiente que estou?

Para o professor Leo Fraiman, autor da Metodologia OPEE, projetos de vida são a semente do amanhã. Ao me conhecer e compreender que sou humanidade, trago para dentro do meu projeto de vida uma visão que não se limita ao ego, permitindo que a minha semente plantada seja capaz de frutificar. Cada árvore que frutifica pode alimentar centenas de pessoas.

Cada projeto de vida que se volta para o bem alcança também outras centenas de pessoas e torna a humanidade ainda melhor.

Um exemplo são as pessoas que temos acompanhado abrirem mão do conforto dos seus lares para se doar e salvar vidas. Em cada alimento, roupa, brinquedo e objeto doado percebemos que a generosidade é uma semente que se expande.

Educar para a cooperação é a chave para projetos de vida transformadores, eficazes e felizes. Por este motivo, a OPEE, há mais de 20 anos, carrega na sua missão fortalecer valores humanos e construir projetos de vida conscientes para o eu, o outro e o mundo.

A verdade, como diz o provérbio africano, é que “sozinho vou mais rápido, mas juntos vamos mais longe.” Vamos juntos.

* Cristiane Zorrer é gestora pedagógica e faz parte da equipe OPEE.
1   MORIN, Edgar. Os 7 saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2018.
2   Park, S., Kahnt, T., Dogan, A. et al. A neural link between generosity and happiness. Nat Commun 8,15964 (2017). Disponível em: https://www.nature.com/articles/ncomms15964

 

 
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Política de Privacidade

Versão 02 | Dez/2022

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  • explicar ao Titular os respectivos direitos em relação aos seus dados pessoais coletados e tratados por nós, e de que forma protegeremos a sua privacidade;
  • garantir que o Titular entenda quais dos seus dados pessoais coletamos, as razões pelas quais os coletamos e utilizamos, além de com quem os compartilhamos;
  • explicar como utilizamos os dados pessoais compartilhados pelo Titular.

Esperamos que a presente Política auxilie o Titular a compreender os nossos compromissos referentes à sua privacidade.

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“Dados Pessoais” informação relacionada à pessoa física identificada ou identificável de forma direta ou indireta;

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d) quando atualiza o cadastro do Estudante, preenche formulários ou fornece informações pelas Plataformas Digitais;
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Coletados diretamente do Estudante

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b) por meio de fichas, formulários, questionários, fichas de inscrição, listas de presenças e outros documentos usuais para a prestação de serviços educacionais e serviços associados ou acessórios.

Fornecidos para acessar as dependências do Colégio

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